Hemodiafiltração

Data da Publicação: 17/07/2019

Atualmente os pacientes submetidos a hemodiálise sobrevivem por longos períodos de tempo e em melhores condições de saúde.

Atualmente os pacientes submetidos a hemodiálise sobrevivem por longos períodos de tempo e em melhores condições de saúde. Este tratamento de longo prazo traz algumas complicações decorrentes da hemodiálise, com impacto na mineralização óssea, anemia e hipertensão arterial. Para minimizar este impacto, há grandes investimentos em estudos para melhorar a eficiência dos processos dialíticos.

Uma das mais recentes formas de tratamento é a hemodiafiltração, em que o sangue do doente passa por um filtro “maior” e com maior pressão de filtração, que consegue captar mais toxinas do que em uma hemodiálise convencional. Este tipo de filtro e a pressão exercida durante a filtração arrastam moléculas maiores para fora do sangue, mantendo o paciente melhor equilibrado e menos intoxicado. Este tipo de tratamento é chamado de hemodiafiltração. Vários estudos científicos já têm mostrado a redução de complicações em pacientes que utilizam esse método, como um menor índice de inflamação, desnutrição, anemia, risco cardiovascular e insuficiência cardíaca, além de uma redução na mortalidade de até 46% por complicações do tratamento. Essa redução está ligada à maior eficiência na retirada das substâncias que desencadeiam estas complicações. Se considerarmos que o tempo médio de uma pessoa em tratamento dialítico pode ser longo, a hemodiafiltração aumenta a qualidade de vida, permitindo uma dieta menos restritiva, além de minimizar o impacto da diálise na saúde global dos pacientes, inclusive reduzindo os casos de depressão. O tratamento já está disponível no Brasil e o Serviço de Nefrologia de Ribeirão Preto – SENERP está em fase de aquisição dos equipamentos necessários para realizar este procedimento, tomando as providências de autorização/credenciamento para realizar a hemodiafiltração nos pacientes atendidos.